Mecânico cria capacete bipartido
Segundo relatório do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), em dezembro de 2012, Brusque tinha exatas 16.006 motocicletas licenciadas, o equivalente a 18% de toda a frota da cidade, calculada em 85.316 veículos. Pensando nesse número e no alto índice de acidentes envolvendo motos, o mecânico brusquense Gilberto Martins teve uma ideia para facilitar o atendimento a esse tipo de ocorrência: criar um capacete bipartido.
"Eu tentei desenvolver uma técnica para abrir o capacete no meio. Cortei o capacete, fiz as articulações, deixei o protótipo pronto, para facilitar o trabalho dos bombeiros e, até mesmo, a situação da vítima", conta ele. O capacete tem uma trava na parte traseira, que permite sua abertura e a retirada do corpo sem mover a vítima.
Um dos benefícios do item, segundo Gilberto, é a rapidez na prestação dos primeiros socorros, ainda no local do acidente. Alguns testes foram feitos com o protótipo no quartel do Corpo de Bombeiros. "Em uma média de 4 a 6 segundos retiramos o capacete. Já com o capacete comum, esse tempo aumenta de 2 a 3 vezes", explica ele.
Estudos com relação ao custo do capacete no mercado foram feitos para verificar qual seria o preço final ao consumidor. "Não temos uma noção exata ainda por se tratar de um protótipo. Mas os estudos apontaram que o preço deve variar entre 10 e 20% acima do preço do capacete normal".
Gilberto garantiu a patente do produto por 25 anos, e tem a proteção internacional até o mês de dezembro e algumas empresas da região já estudam participar do desenvolvimento do produto, que, segundo o mecânico, é um projeto a longo prazo, que servirá como tentativa de mudar o trágico panorama do trânsito brusquense.